data-filename="retriever" style="width: 100%;">Arquivo pessoal
Elza Elena Dal Santo do Prado, 86 anos, nascida em Santa Maria, era casada há 70 anos com o funcionário público aposentado Francisco Castro do Prado, 83. A mãe do aposentado Francisco Carlos Dal Santo Prado, 61, e avó de Guilherme Cervi Prado, 32, Gabriel Cervi Prado, 31, e Guido Cervi Prado, 26, era a legítima matriarca italiana, que gostava de ver a família reunida e celebrar a vida. Como modista, fez história na alta costura de Santa Maria. Noivas, debutantes e rainhas de Carnaval da Cida Cultural, Tupanciretã e Júlio de Castilhos desfilaram suas criações na Região Central.
Elza foi mãe, esposa, avó e amiga dedicada. Católica, era frequentadora da Catedral Metropolitana e adorava cantar no coral da igreja e ajudar o próximo.
Segundo o filho, por muito tempo, a mãe fazia bombons à noite, para que, na manhã seguinte, quando fosse para a paróquia, distribuísse para pessoas em situação de rua que encontrava no percurso:
- Não tenho como citar todos os conselhos que recebi dela. Seus ensinamentos foram essenciais para a minha formação. A mãe gostava de nos reunir à volta da mesa para comer doce de figo e desfrutar da culinária italiana que ela preparava.
style="width: 100%;" data-filename="retriever">Arquivo pessoal
Para a nora, Ana Lucia Cervi Prado, 60 anos, fica a saudade de uma amiga muito especial, que se destacava pela generosidade, sabedoria e afeto:
- Ela acolheu minha família e eu desde o primeiro momento em que nos conhecemos. Elza e minha mãe se tornaram amigas, tanto que trabalharam na pastoral da saúde do Hospital de Caridade juntas. Na ausência de minha mãe, ela preencheu as nossas vidas com afeto e dedicação.
O sobrinho e afilhado José Fernando Fchlofser comenta que a modista não media esforços para agradar a todos que conviviam com ela.
- Tínhamos uma chácara ao lado da outra. Minha mulher, meu filho e eu adorávamos compartilhar a mesa com ela, que nos recebia com um sorriso no rosto.
Em 14 de novembro, Elza morreu devido a complicações de um carcinoma pulmonar. Ela foi cremada no mesmo dia no crematório Dom José em Santa Rosa. No dia seguinte, as cinzas da santa-mariense foram sepultadas na cripta do Santuário de Nossa Senhora Medianeira, em Santa Maria.